* Por Álvaro Jr.
Temos um cenário onde o número de pessoas ocupadas já não evolui como antes, dado a taxa baixíssima de desemprego, e a população economicamente ativa (PEA), que poderia aumentar a taxa de desemprego ao aumentar a força de trabalho disponível que não é suprida por um número suficiente de vagas oferecidas, cresce em velocidade mais baixa, chegando até a apresentar uma tendência de recuo momentâneo. Isso faz com que tenhamos uma estabilidade na geração de vagas.
Temos menos jovens ingressando no mercado de trabalho, por que isso? A oferta maior e condições mais favoráveis para que os jovens permaneçam mais tempo no ensino formal ou se dedicando ao aperfeiçoamento de sua formação influenciam nessa realidade, mas o que realmente viabilizou que as famílias possam fazer um planejamento melhor sobre o ingresso de seus membros no mercado de trabalho, foi o aumento do rendimento das famílias, promovido, entre outros fatores, pela redistribuição de renda.
O senso comum, fomentado maliciosamente pela Direita organizada no Brasil, propaga a seguinte frase: “o Brasil precisa de emprego, não de bolsa família”. Acontece que o bolsa família, que se mostra um mecanismo muito bem-sucedido de redistribuição de renda, junto a outras políticas públicas do tipo, causa transformações que vão além da dignidade adquirida pelas famílias que passam a ser contempladas. Essas políticas propiciam que milhares de jovens que abandonariam a escola e entrariam prematuramente no mercado de trabalho há alguns anos, hoje possam passar mais tempo dedicados à sua educação e aperfeiçoamento, ingressando no mercado de trabalho com dignidade e de forma planejada. O Brasil precisa sim de mais redistribuição de renda e menos desse senso comum vazio.
*Álvaro Jr.
Secretário municipal da Juventude do PT Petrópolis.
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