Por Marcelo Dias *
Em mais um ano a Petrobras se torna palco de disputa eleitoral. A oposição sem projetos, usa de uma CPI para abafar o debate de propostas políticas. Foi assim no governo Lula,foi assim em 2010 e não seria diferente este ano. A mesma oposição demo-tucana que fez de tudo quando governaram o país para privatizar a empresa, continua atendendo os interesses do setor privado e internacional, na tentativa de desmoralizar a gestão da maior empresa pública do país.
Quem
acompanha a nossa indústria de petróleo sabe da urgência de reestruturação do
parque de refino da Petrobras, que, durante o governo do PSDB/DEM, foi
sucateado e estagnado, assim como os demais setores da empresa. Quando exercia
o papel de governista (dos anos 90 até 2002), a oposição demo-tucana quebrou o
monopólio estatal da Petrobras, escancarou a terceirização, privatizou alguns
setores e unidades da empresa, reduziu drasticamente os efetivos próprios, estagnou
investimentos em exploração, produção e refino e ainda tentou mudar o nome da
Petrobras para Petrobrax.
Vamos aos
fatos: em 2002, a Petrobras valia R$ 15 bilhões, sua receita era de R$ 69,2
bilhões, o lucro líquido de R$ 8,1 bilhões e os investimentos não passavam de
R$ 18,9 bilhões. Uma década depois, em 2012, o valor de mercado da Petrobras
passou a ser de R$ 260 bilhões, a receita subiu para R$ 281,3 bilhões, o lucro
líquido para R$ 21,1 bilhão e os investimentos foram multiplicados para R$ 84,1
bilhão.
Antes do
governo Lula, a Petrobras contava, em 2002, com um efetivo de 46 mil
trabalhadores próprios, produzia 1 milhão e 500 mil barris de petróleo por dia
e tinha uma reserva provada de 11 milhões de barris de óleo. Após o governo
Lula, em 2012, a Petrobras quase que dobrou o seu efetivo para 85 mil
trabalhadores, passou a produzir 2 bilhões de barris de óleo por dia e aumentou
a reserva provada para 15,7 bilhões de barris de petróleo. Apesar da crise
econômica internacional e da metralhadora giratória da mídia partidária da
oposição, a Petrobras descobriu uma nova fronteira petrolífera, passou a
produzir no pré-sal e caminha para se tornar uma das maiores produtoras de
petróleo do mundo.
A guerra
das CPIs, como se pode notar, tem interesses outros que não a defesa da
Petrobras, na medida em que os órgãos de fiscalização e controle do Estado já
estão em ação. O que verdadeiramente está em disputa é um projeto de poder. E
na eleição o cidadão terá de decidir se faz a opção por um programa com
preocupação social ou se coloca no governo alguém a serviço do mercado e do lucro.
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