Por Igor Moura*
Ainda antes das manifestações de 2013, e antes de qualquer avaliação sobre as causas desses movimentos e efeitos na história política do país, já era claro o afastamento da população perante importantes discussões políticas. E a grande mídia, se portando como “formadora de opinião”, conduziu, e ainda conduz um processo de descaracterização constante do papel cidadão e do controle popular.
Nesta semana, a queda no número de filiações partidárias foi noticiada de forma ampla, porém, um detalhe interessante passaria despercebido se não fosse a militância virtual: o Partido dos Trabalhadores foi o único que apresentou crescimento neste aspecto, mesmo com as constantes ofensivas realizadas pelos conglomerados midiáticos e por um tribunal de exceção.
Ainda que caiba ressaltar o desempenho petista no número de filiações, sabemos que o anseio por mudança está presente, e que isto surge em meio a um conturbado debate sobre ideologias e direitos, exigindo atenção perante questões importantes, como a histórica centralização das discussões e decisões políticas em torno dos grandes centros urbanos e capitais, e a dicotomia entre os movimentos sociais, os partidos, as instituições políticas e a população – principalmente a juventude, que é a maioria nas ruas.
Por este ser um fenômeno nacional, é fundamental ressaltar suas influências e contradições no interior. É claro, que nas capitais, como acontece em nosso estado do Rio, existem imensos termômetros políticos, porém estes nem sempre transparecem a real situação geral, e até mesmo eleitoral. O interior, por sua vez, que sofre de forma mais dura com problemas cotidianos serve de espaço para a defesa de pautas locais, o que favorece a apropriação da juventude das lutas políticas e até mesmo das instituições. Ao contrário de se discutir o regional antes do local, se faz necessário discutir o local para se discutir o regional e o nacional. Uma luta mais sustentável que nasce a partir da formação de lideranças sem a ótica da centralização política na região metropolitana.
O interior não pode mais fazer parte das agendas apenas em período eleitoral. As grandes diretorias, encontros e decisões que seguem na metrópole, precisam se interiorizar, garantindo organização e quebrando o distanciamento político que hoje se faz maior do que o territorial. A população exige uma política mais presente e nós precisamos dar esta resposta.
Este debate deve ser estendido para as PPJs (Políticas Públicas de Juventude), para o movimento estudantil, para os movimentos jovens de trabalhadores e trabalhadoras, e principalmente para as juventudes partidárias. Todo este cenário, demonstra nitidamente a necessidade de um debate urgente sobre o papel do interior na construção da política estadual. Porém, esta construção não se dará de forma individual, ou avulsa pelas representações municipais, já que precisa ser subsidiada por um projeto consistente, com apoio das esferas institucionais superiores.
Terminou o Carnaval e as eleições de 2014 se aproximam. Em nosso estado o embate é evidente e o dever da esquerda mais ainda. Será a luta por um novo momento no estado do Rio de Janeiro. As viagens aos municípios já começaram e as amarras nas prefeituras aumentam. Alguém tem dúvida que o interior será fundamental? Este, precisa estar tão forte como a capital. Utilizando as palavras de nosso senador Lindbergh Farias, precisamos de “um novo olhar para o interior do estado”.
*Igor Moura é estudante de Jornalismo e Coordenador do Coletivo de Comunicação e Tecnologia da Informação do PT Petrópolis. Foi Coordenador de Políticas Públicas de Juventude de Petrópolis, membro do Conselho Municipal de Juventude, Diretor da Região Serrana na União Estadual dos Estudantes e um dos fundadores da Juventude do PT de Petrópolis.
Nesta semana, a queda no número de filiações partidárias foi noticiada de forma ampla, porém, um detalhe interessante passaria despercebido se não fosse a militância virtual: o Partido dos Trabalhadores foi o único que apresentou crescimento neste aspecto, mesmo com as constantes ofensivas realizadas pelos conglomerados midiáticos e por um tribunal de exceção.
Ainda que caiba ressaltar o desempenho petista no número de filiações, sabemos que o anseio por mudança está presente, e que isto surge em meio a um conturbado debate sobre ideologias e direitos, exigindo atenção perante questões importantes, como a histórica centralização das discussões e decisões políticas em torno dos grandes centros urbanos e capitais, e a dicotomia entre os movimentos sociais, os partidos, as instituições políticas e a população – principalmente a juventude, que é a maioria nas ruas.
Por este ser um fenômeno nacional, é fundamental ressaltar suas influências e contradições no interior. É claro, que nas capitais, como acontece em nosso estado do Rio, existem imensos termômetros políticos, porém estes nem sempre transparecem a real situação geral, e até mesmo eleitoral. O interior, por sua vez, que sofre de forma mais dura com problemas cotidianos serve de espaço para a defesa de pautas locais, o que favorece a apropriação da juventude das lutas políticas e até mesmo das instituições. Ao contrário de se discutir o regional antes do local, se faz necessário discutir o local para se discutir o regional e o nacional. Uma luta mais sustentável que nasce a partir da formação de lideranças sem a ótica da centralização política na região metropolitana.
O interior não pode mais fazer parte das agendas apenas em período eleitoral. As grandes diretorias, encontros e decisões que seguem na metrópole, precisam se interiorizar, garantindo organização e quebrando o distanciamento político que hoje se faz maior do que o territorial. A população exige uma política mais presente e nós precisamos dar esta resposta.
Este debate deve ser estendido para as PPJs (Políticas Públicas de Juventude), para o movimento estudantil, para os movimentos jovens de trabalhadores e trabalhadoras, e principalmente para as juventudes partidárias. Todo este cenário, demonstra nitidamente a necessidade de um debate urgente sobre o papel do interior na construção da política estadual. Porém, esta construção não se dará de forma individual, ou avulsa pelas representações municipais, já que precisa ser subsidiada por um projeto consistente, com apoio das esferas institucionais superiores.
Terminou o Carnaval e as eleições de 2014 se aproximam. Em nosso estado o embate é evidente e o dever da esquerda mais ainda. Será a luta por um novo momento no estado do Rio de Janeiro. As viagens aos municípios já começaram e as amarras nas prefeituras aumentam. Alguém tem dúvida que o interior será fundamental? Este, precisa estar tão forte como a capital. Utilizando as palavras de nosso senador Lindbergh Farias, precisamos de “um novo olhar para o interior do estado”.
*Igor Moura é estudante de Jornalismo e Coordenador do Coletivo de Comunicação e Tecnologia da Informação do PT Petrópolis. Foi Coordenador de Políticas Públicas de Juventude de Petrópolis, membro do Conselho Municipal de Juventude, Diretor da Região Serrana na União Estadual dos Estudantes e um dos fundadores da Juventude do PT de Petrópolis.
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