sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

ELEIÇÕES 2014 - A JUVENTUDE POR MAIS DIREITOS

A juventude brasileira vê no modelo de sociedade vigente um entrave a participação direta e isso se verifica não só, mas principalmente na política

As Políticas Públicas para a Juventude são essenciais, sobretudo para jovens em situação de vulnerabilidade social. Nosso governo conseguiu implementá-las dentro de uma agenda de políticas sociais que está entre as mais avançadas do mundo, possibilitando a milhões e milhões de jovens por todo o Brasil alçarem vôos mais altos, terem garantias mínimas para constituir vida, carreira profissional e acadêmica, e família. Ao combinarmos as políticas sociais, PPJ’s inclusas, com as políticas educacionais - a ampliação da Rede Federal de Escolas Técnicas, a ampliação das vagas públicas no Ensino Superior através do REUNI somada a Política de Cotas, as bolsas do PROUNI e a política do FIES - veremos que hoje a Juventude brasileira está num patamar bastante superior ao de dez anos atrás.

Esta nova circunstância deve caracterizar o debate eleitoral em 2014, no que tange a agenda da Juventude. As PPJ’s terão a sua devida importância na agenda de necessidades da faixa etária, porém a juventude quer discutir a ‘coisa grande’. O jovem no Brasil hoje tende a questionar a sua dificuldade de acesso ao local de trabalho e de estudo, numa sociedade onde a segregação sócio-espacial é característica dominante na geografia das cidades e, portanto a temática do “Direito à Cidade” e da “Mobilidade Urbana” estarão no centro do interesse político destes cidadãos/ãs.

Dentro da temática da Cidade encontraremos um maior interesse por habitação por parte desta juventude que, ao garantir possibilidades de estabilidade financeira, vislumbra a emancipação. Porém o alto preço da moradia, tanto na compra quanto no aluguel, e a ausência de políticas públicas focadas para a faixa etária dificultam e até impedem que os jovens possuam a sua primeira residência.

A Juventude que hoje se encontra na universidade privada através dos programas do governo federal - FIES e PROUNI - não possuem uma política de assistência estudantil, tanto por parte das instituições de ensino quanto dos governos municipais, estaduais e o federal, salvo algumas raras exceções. Quando existentes tais políticas são insuficientes para cobrir gastos com alimentação, transporte e material didático, obrigando o estudante a se dividir entre os estudos e o trabalho - na maioria das vezes precarizado. Esta temática também tende a encontrar bastante ressonância ao longo dos debates eleitorais do ano de 2014.

Estará também no centro da agenda eleitoral dos jovens as Reformas Estruturais. A juventude brasileira vê no modelo de sociedade vigente um entrave a participação direta e isso se verifica não só, mas principalmente na política, hoje regida pelo poder econômico e por interesses privados dos que a financiam. Inclui-se a tais entraves a questão da comunicação. Vai interessar ao jovem saber como o estado brasileiro irá lidar com a internet, território de atuação livre – ainda que espionado pelas potências estrangeiras – de onde o jovem alçou trincheira pra disseminar novos costumes, sua cultura e pra expressar suas opiniões.
Em 2014, para conquistar a confiança e o voto da juventude será preciso ter a coragem de olhar olho no olho e não mais de cima para baixo. Os jovens querem eleger seus Representantes – com letra maiúscula e sentimento de posse – e rejeitará quem tentar apresentar um programa de governo onde o tom será uma tutela quase familiar sobre as suas aspirações. Será preciso fazer enfrentamento aos gargalos que hoje são freios ao pleno desenvolvimento humano, social e cultural desta juventude. Está posto o desafio.

Por Ronald Luiz dos Santos, “Sorriso”
2º Vice-Presidente da União Nacional dos Estudantes

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